Tomo da Traça: O Símbolo Perdido, de Dan Brown
Para um livro de sucesso você precisa de:
– Um personagem principal que tenha um vasto conhecimento em alguma área.
– Um coadjuvante que auxlie e seja especialista em outra área.
– Um assassino inescrupuloso que sirva ao vilão.
– O vilão propriamente dito que fica escondido boa parte da trama.
– Um amigo que vai trair o personagem principal.
– Enigmas e charadas.
– Fatos Históricos.
– Dar pouco tempo para os personagens resolverem os problemas.
– E diversos cenários fantásticos.
Agora que você anotou tudo, seja bem vindo ao mundo de Dan Brown.
Depois de Robert Langdon ter sobrevivido a uma explosão no Vaticano e uma caçada em Paris, agora ele retorna mais uma vez para desvendar outro mistério.
O professor de Harvard é convidado com urgência por um amigo, Peter Solomon, um filantropo e assumido maçom, para dar uma palestra no Capitólio dos Estados Unidos. Quando o professor chega ao local, descobre que caiu em uma armadilha, pois seu amigo está desaparecido e não há palestra alguma.
O assassino denominado Mal´akh, sequestrou Peter, acreditando que este guarda um segredo dos fundadores de Washington, que também eram maçons: escondido na cidade está um tesouro que é capaz de dar poderes sobrenaturais a quem o encontrar. Com seus ideais acima da razão, Mal´akh faz com que Langdon entre em uma corrida para desvendar o mistério do símbolo perdido, convencido de que ele é o único capaz de localizá-lo.
Mas o professor não estará sozinho. Ele terá a ajuda de um amigo maçom de Peter, de sua irmã Katherine, e a CIA estará seguindo os passos de cada um deles.
Neste livro somos apresentados aos principais pontos turísticos da capital americana: o Capitólio, o Centro de Apoio dos Museus Smithsonian(CAMS), a Biblioteca do Congresso e a Catedral Nacional.
Agora, analisando a obra do autor como um todo, este livro deixa a desejar em alguns aspectos. O primeiro deles é o fato dos personagens secundários não representarem uma boa imagen durante a trama e o final não ser o que o leitor realmente espera ler. Tive a impressão que devido as reclamações da Igreja referente aos livros anteriores, Código Da Vinci e Anjos e Demônios, o autor quis dar importância maior a religião.
O livro não é de todo ruim, tem momentos memoráveis e a leitura é envolvente. Assim como nos livros já citados, em Fortaleza Digital e Ponto de Impacto, o autor também mostrou um grande trabalho de pesquisa fundamentando cada uma das teorias, fatos históricos e enigmas, assim como criou uma trama que prende o leitor e faz com que ele não consiga mensurar o final tão cedo. Cada uma das obras dele é ligada pela “receita de bolo” que escrevi logo no começo. Os livros são praticamentes iguais no esqueleto, o que muda são suas histórias e um elemento ou outro do enredo. Outro detalhe importante, e que, qualquer um pode reparar, é que logo no começo da narrativa, o autor já fala ou mostra o local onde os personagens vão se reunir no final para encontrar o tesouro ou desvendar o mistério.
Falem bem falem mal, mas Dan Brown é o autor mais conceituado no estilo de suspense e até mesmo, aventura dos dias atuais. Seus livros podem parecer semelhantes, mas são ricos em informação e cultura. Você vai aprendendo a cada capítulo e se surpreendendo muitas vezes com o que é apresentado.
Se eu aconselho a leitura? Sim é claro, leia e abram suas mentes, nada melhor do que quebrar alguns paradigmas.